domingo, 17 de maio de 2020

18/05 - 8º e 9º Ano - Fotopintura parte II (Reflexões e Memórias)


8º e 9º Ano

Olá, alunos!

Nessa semana daremos continuidade ao estudo anterior sobre Fotopintura.

Apresento a vocês uma fotografia de Dorothea Lange com o efeito de 

colorização digital realizada por Jordan J. LIoyd, em 2013.



Imagem 1 – Fotografia em preto e branco de Dorothea Lange (1895-1965) em 1935.

Imagem 2 – Fotografia de Dorothea Lange com colorização digital realizada por Jordan (2013).

Ao apreciar as duas imagens, podemos perceber diferenças entre os processos de colorização de cada uma delas, que envolvem formas distintas de realização. Podemos perceber como a existência ou não das cores em uma imagem modifica a nossa forma de visualizar os elementos e contrastes apresentados.

É importante ter em mente que, tanto no processo de fotopintura quanto no de colorização digital, a escolha das cores não partem somente da preferência do artista que realiza a técnica - é necessário fazer pesquisas sobre o período em que a fotografia foi realizada com a intenção de relacionar aspectos da realidade ao contexto cultural e histórico.

No Brasil, durante a primeira metade do século XX, a fotopintura foi um recurso muito utilizado para retratar pessoas em ocasiões especiais, tais como formaturas, casamentos e outros. É importante lembra-los que, na época, o serviço de um fotopintor era bem requisitado pelas classes mais abastadas, pois a câmera fotográfica ainda não era um aparelho popularizado e de fácil acesso. 


           “Florence Owens Thompson”, por Dorothea Lange (1895 – 1965).



                                     Dorothea Lange (1895-1965)


fotógrafa americana Dorothea Lange (1895-1965) colocou seu nome na história do fotojornalismo durante um trabalho encomendado pelo governo americano. Como fotógrafa da agência federal Ressettlement Administration (depois rebatizada como Farm Security Administration), criada pelo governo americano em 1935 como parte do plano do “New Deal” na era pós-Grande Depressão para lidar com as famílias em situação de risco nas zonas rurais e urbana, Lange encontrou na Califórnia, em 1936, a imagem que todo fotógrafo espera durante décadas em sua carreira.
Lange, que abandonara a vida de fotógrafa de estúdio em San Francisco para sair a campo e buscar uma nova forma de fotografar, fotografou Florence Owens Thompson, uma mulher de 32 anos e mãe de sete filhos, vivendo na pobreza e sem teto em um campo de colhedores de vagens. A fotografia eternizou o olhar desolado e a expressão série de Florence, ficando conhecida como “Migrant 
Mother”. A imagem, poderosa, com certo ar de “Madonna” (Mãe), acabou virando um dos ícones do fotojornalismo.
Assista:



Produção Artística:
8º Ano A - Após assistir o vídeo da semana registre uma imagem fotográfica cujo tema proposto seja: “Reflexões sobre a Quarentena”.
 Não se esqueçam de seguir as regras e princípios básicos da fotografia: Observar, Fotografar (Até não aguentar mais) e criar (Não se limitar a temas clichês).
Registre em seu caderno um relato crítico sobre a imagem captada por você (10 linhas no mínimo).
ATENÇÃO: Seu registro fotográfico deve ser preto e branco
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9º Ano A Após o estudo deste capítulo, experimente fazer pesquisas sobre aplicativos de celular (no play-store) sobre coloração de fotografias antigas. Experimente explorar todos os recursos tecnológicos que conseguir, em seguida selecione algumas fotografias (antigas) de sua família e faça a coloração digital.
Registre em seu caderno relatos e experiências sobre as fotografias escolhidas (memórias familiares).
Fotografias do acervo particular da Família Ribeiro Senne Leite (Família do professor Rafael).
Fotos Originais X uso do aplicativo de coloração digital de (Colorize)   



Fotografia da Família Ribeiro Mira (por volta de 1920 a 1922) - Da direita para a esquerda: Benedito, Miguel, Esmeralda (Minha Bisavó materna), Concheta Ribeiro (minha pentavó), Rita de Cássia (minha tataravó), Ana (o bebê de colo), José Luiz (meu tataravô), Maria (criança pequena na frente da pentavó Concheta) e Bernadina (criança na frente da tataravó Rita). Família de descendentes imigrantes portugueses e italianos que residiram na cidade de Itajubá-MG até 1929. José Luiz era fazendeiro e comerciante. A família se mudou para Piquete-SP logo após seu falecimento.
                     
Eliel Ribeiro Alves é irmão de minha avó materna Leonídia – Fotografia tirada em seu Baile de formatura da Escola de Desenho Industrial em Piquete, São Paulo (1956).
O registro fotográfico feito um ano antes dele ir estudar no Colégio Militar em Lavras, Minas Gerais. Tio Eliel é Militar aposentado (Capitão) e reside na cidade de Uberlândia-MG.  
                 
Maria Ribeiro de Mira é prima de minha avó Leonídia – Fotografia tirada em seu aniversário de dezoito anos – Piquete, São Paulo (1955). Atuou durante alguns anos como enfermeira nos hospitais da grande São Paulo, faleceu aos quarenta e dois anos por complicações cardíacas.
            
Casamento dos meus avós maternos Pedro Senne Leite (in memórian) e Leonídia Ribeiro Leite - cerimônia religiosa realizada na Igreja Metodista em Piquete pelo reverendo Pedro Yassuda em setembro de 1964 (Ano do Golpe Militar). Vovô trabalhou durante anos como analista no banco Mercantil, faleceu no ano de 2008 após sofrer uma queda acidental em casa. Vovó Leonídia goza de plena saúde física e mental, aos 78 anos dedica sua vida ao cultivo da artes (Crochê, Bordado, Pintura, Corte/Costura, culinária, música e artesanato) e de sua fé espiritual fundamentada nos pilares do Protestantismo Histórico do séc. XVIII por John Wesley (patrono da Igreja Metodista/Inglaterra).





Família Senne Leite, fotografia do acervo particular de minha querida tia Lenita, irmã caçula de meu avô -  Foto tirada em um dos bailes de carnaval lorenense, por volta da década de 1950. Na foto, meu avô Pedro (o maior ao lado esquerdo) e todos seus irmãos: Lídia, Lourdes, Paulo, Lucy, Leoni, Lenita e Plínio (Péricles e Pércio ainda não haviam nascido).
Dos dez irmãos do vovô, apenas dois estão vivos: Lenita Senne Leite - residente em Santos-SP; e Pércio Senne Leite - Pindamonhangaba-SP.

                     
Leoni Senne Leite, minha querida tia, irmã de meu avô Pedro -  Fotografia tirada em Lorena, São Paulo (1964). Dona de uma personalidade única e marcante, adquiriu independência financeira muito cedo, tornando-se proprietária de três salões de beleza no vale do paraíba (Piquete, Lorena e Guaratinguetá). Era amante das artes, do requinte e da sofisticação. Devota de Nossa Senhora da Piedade foi festeira por muitos anos nas tradicionais festas de quinze de agosto. Faleceu em novembro de 2018 devido a problemas renais. Como boa apreciante da música, adorava me ouvir tocar e cantar (ao piano) a peça "Ave Maria" - do compositor italiano do período de transição, Giulio Caccini.
A apreciação musical de hoje é dedicada a nossa memória familiar. 
 

"Ave Maria" - Giulio Caccini (1551 - 1618)

Espero que gostem, bom processo de criação a todos!
Atenciosamente, 
Prof. Esp. Rafael Ribeiro.
(Arte - Educador)





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