sábado, 23 de maio de 2020

26/05 - 6º e 7º Ano - Arte Cinética



6º e 7º Ano A

 “LUZ, CÂMERA E AÇÃO!”

Olá, queridos alunos. Nessa semana vamos recordar o assunto que estamos trabalhando ao longo de nossas aulas de arte.

Como sabem, estamos em “processo de criação”, cujo tema a ser desenvolvido é inspirado na obra musical intitulada de “Amanhecer” do compositor norueguês Edward Grieg.

Ao longo das semanas anteriores trabalhamos o tema nas diferentes linguagens artísticas: Dança, Teatro, cinema de animação (Stop Motion) e música.

Hoje abordaremos dentro das artes visuais.

Você sabia que muitos artistas plásticos, pintores, relacionam música a suas produções artísticas?

Falaremos a seguir de alguns importantes nomes da arte contemporânea.


Você já ouviu falar sobre Arte Cinética?


      A “arte cinética” ou “cinetismo” é um movimento artístico moderno das artes plásticas que surgiu em Paris, na década de 1950. O termo cinética determina uma arte que é caracterizada pelo movimento, relacionado ao caráter estático (parado) de uma pintura ou escultura.
Artistas dessa linha estética, especialmente aqueles que trabalham com arte abstrata (Abstracionismo – que sai fora do padrão convencional), propõem gerar no apreciador (espectador) uma ilusão de óptica.
Um dos maiores exemplos de arte cinética é o estadunidense Alexander Calder (1898-1976), que ficou muito conhecido por seus “Móbiles” (desenho em quatro dimensões), um tipo de escultura com peças que se movimentam, seja pela ação dos ventos ou por motores de energia.
Ainda que seja Calder o mais lembrado quando se fala de “mobiles”, foi o artista francês Marcel Duchamp (1887-1968) seu criador.
Na física, a palavra “cinética” refere-se ao estudo da ação das forças na mudança de movimento dos corpos. Esse termo é também utilizado na química, biologia e filosofia.

Apreciação Visual


Alexander Calder em “instalações móbiles” 


                                                       Escultura “Móbile”



Vídeo: Arte Cinética (Parte Histórica)




Op. Arte (Complementar)



ABRAHAM PALATNICK

Abraham Palatnik (Natal, Rio Grande do Norte, 1928 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020). Artista cinético, pintor, desenhista. Considerado um dos pioneiros da chamada arte tecnológica no Brasil, expande os caminhos das artes visuais ao relacionar arte, ciência e tecnologia. De modo criativo, e ao longo de seus mais de 60 anos de carreira, desenvolve maquinários com experimentações artísticas e estéticas diversas.
Em 1932, muda-se com a família para a região onde atualmente se localiza o estado de Israel. De 1942 a 1945, estuda na Escola Técnica Montefiori, em Tel Aviv, e se especializa em motores de explosão. Inicia seus estudos de arte no ateliê do pintor Haaron Avni (1906-1951) e do escultor Sternshus e estuda estética com Shor. Frequenta o Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, entre 1943 e 1947, onde tem aulas de desenho, pintura e estética. Produz pinturas de paisagens, retratos e naturezas-mortas. O crítico Frederico Morais (1936) comenta os desenhos dessa época, dizendo que "a grafite, a linha é ágil, fluente, quase lírica". No desenho a carvão, "o traço negro é firme, sólido, realista, por vezes expressionista".1
Palatnik Retorna ao Brasil em 1948 e se instala no Rio de Janeiro. Convive com os artistas Ivan Serpa (1923-1973)Renina Katz (1925) e Almir Mavignier (1925). Com este último frequenta a casa do crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) e conhece o trabalho da doutora Nise da Silveira (1905-1999), no Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro.
O contato com os artistas e as discussões conceituais com Mário Pedrosa fazem Palatnik romper com os critérios convencionais de composição. Diz o artista: "O impacto das visitas ao Engenho de Dentro e as conversações com Mário Pedrosa demoliram minhas convicções em relação à arte".2 Palatnik deixa de pensar a qualidade da obra baseando-se no manejo realista das tintas e na associação da arte com o motivo. Sua pintura e escultura abandonam os critérios escolares de composição e partem para relações livres entre formas e cores.
Por volta de 1949, inicia estudos no campo da luz e do movimento. Após pintar algumas telas construtivas, começa a projetar máquinas em que a cor aparece se movendo. Com base nesses experimentos são criadas caixas de telas com lâmpadas que se movimentam por mecanismos acionados por motores. Mário Pedrosa chama as invenções de Aparelhos Cinecromáticos, mostrados pela primeira vez em 1951, na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Em seu primeiro texto sobre Palatnik, Pedrosa descreve esses aparelhos como caixas em que ele "projeta sobre a tela ou outro qualquer material semitransparente composições de formas coloridas em movimento". O trabalho é pioneiro no uso artístico de fontes luminosas artificiais.
Em 1953 o artista expõe novos Cinecromáticos, na 2ª Bienal Internacional de São Paulo e na 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata, no Hotel Quitandinha. O envolvimento com questões construtivas e o diálogo permanente com artistas como Ivan Serpa e Almir Mavignier levam-no a participar da criação do Grupo Frente, em 1954. No mesmo ano expõe na primeira coletiva do grupo, na Galeria Ibeu, Rio de Janeiro.
A partir de 1959, leva o movimento para o campo tridimensional. Cria trabalhos em que campos eletromagnéticos acionam pequenos objetos colocados em caixas fechadas. Ao mesmo tempo que inventa peças com que explora as possibilidades tecnológicas da arte, o artista faz quadros em superfícies bidimensionais. Em 1962, inicia a série Progressões, na qual compõe efeitos óticos ao utilizar faixas sobre uma superfície. No trabalho, usa materiais como madeira, cartões, cordas e poliéster.
Em 1964, nascem os Objetos Cinéticos. O artista cria esculturas de arame, formas coloridas e fios que se movem acionados por motores e eletroímãs. As peças se assemelham aos móbiles do escultor norte-americano Alexander Calder (1898), mas se diferenciam deles por se moverem com regularidade mecânica segundo a dinâmica planejada. Os Aparelhos Cinecromáticos são exibidos na Bienal de Veneza em 1964. A participação nessa mostra dá projeção internacional ao artista, que passa a ser considerado um dos precursores da arte cinética. Tal reconhecimento leva-o a participar, em 1964, da mostra internacional de arte cinética Mouvement 2, na Galeria Denise René, em Paris. Frederico Morais organiza em 1999 mostras retrospectivas de Palatnik no Itaú Cultural, em São Paulo, e no Museu de Arte Contemporânea (MAC-Niterói).
Ao criar composições que partem da cor, mas ultrapassam o limite da pintura, o artista é consagrado pioneiro em explorar as conquistas tecnológicas na criação de vanguarda brasileira, habilitando as máquinas para gerar obras de arte.

Abraham Palatnick



Conheça mais:





PRODUÇÃO ARTÍSTICA

Após o estudo anterior sobre arte cinética experimente construir um “pêndulo de pintura”.

Para confeccionar a produção artística cinética você irá precisar dos seguintes materiais:

·   2 cadeiras
·  1 vassoura
·  1 garrafa pet
·  Tinta guache
·  Barbante
·  Cartolina branca

ATENÇÃO:

· Caso não tenha tinta guache você poderá experimentar confeccionar tinta ecológica a partir de misturas de pigmentos naturais (urucum, canela, terra e outros). Deixarei a receita do passo-a-passo de como confeccionar tinta ecológica.

· Caso não tenha cartolina você poderá substituí-la por qualquer outro material (papelão, papel crafit e outros).

Procedimento Artístico:

1 – Posicione duas cadeiras cujo acento esteja para o lado de fora.

2 – Posicione sua cartolina ou papelão no centro das duas cadeiras. Em seguida pendure um cabo de vassoura de uma ponta a outra. Se atente para que ele não caia, se preciso for, amarre-o na cadeira.

3 -  Amarre o barbante de uma ponta a outra na garrafa pet. Faça um furo médio na tampa. 

                  

5 – Misture bem a tinta guache (ou tinta ecológica) com água e bata até o líquido ficar concentrado.

6 -  Tampe o furo da garrafa pet com seu dedo, jogue a tinta sobre a garrafa e experimente girar o pêndulo em movimento horário ou anti-horário. Vá experimentando conhecer o material até sentir que o efeito (visual) esteja agradável ao olhar. Bom experimento estético!


Acompanhe o vídeo demonstrativo:



Bom trabalho a todos!

Atenciosamente,

Prof. Esp. Rafael Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Bem-vindo ao nosso blog!