6º e 7º Ano A
“LUZ, CÂMERA E AÇÃO!”
Olá, queridos alunos. Nessa semana vamos recordar o assunto que estamos trabalhando ao longo de nossas aulas de arte.
Como sabem, estamos em “processo
de criação”, cujo tema a ser desenvolvido é inspirado na obra musical
intitulada de “Amanhecer” do compositor norueguês Edward Grieg.
Ao longo das semanas anteriores
trabalhamos o tema nas diferentes linguagens artísticas: Dança, Teatro, cinema
de animação (Stop Motion) e música.
Hoje abordaremos dentro das artes
visuais.
Você sabia que muitos artistas plásticos, pintores, relacionam música a suas produções artísticas?
Falaremos a seguir de alguns importantes nomes da arte contemporânea.
Você já ouviu falar sobre Arte Cinética?
A “arte
cinética” ou “cinetismo”
é um movimento artístico moderno das artes plásticas que surgiu em Paris, na
década de 1950. O termo cinética determina uma arte que é caracterizada pelo
movimento, relacionado ao caráter estático (parado) de uma pintura ou escultura.
Artistas dessa linha
estética, especialmente aqueles que trabalham com arte abstrata (Abstracionismo
– que sai fora do padrão convencional), propõem gerar no apreciador
(espectador) uma ilusão de óptica.
Um dos maiores
exemplos de arte cinética é o estadunidense Alexander Calder (1898-1976), que ficou muito conhecido por seus
“Móbiles” (desenho em quatro dimensões), um tipo de escultura com peças que se
movimentam, seja pela ação dos ventos ou por motores de energia.
Ainda que seja Calder
o mais lembrado quando se fala de “mobiles”,
foi o artista francês Marcel Duchamp
(1887-1968) seu criador.
Na física, a palavra
“cinética” refere-se ao estudo da ação das forças na mudança de movimento dos
corpos. Esse termo é também utilizado na química, biologia e filosofia.
Apreciação
Visual
Alexander
Calder em “instalações móbiles”
Escultura “Móbile”
Vídeo: Arte Cinética
(Parte Histórica)
Op. Arte (Complementar)
ABRAHAM PALATNICK
Abraham
Palatnik (Natal, Rio Grande do Norte, 1928 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
2020). Artista cinético, pintor, desenhista. Considerado um dos pioneiros da
chamada arte tecnológica no Brasil, expande os caminhos das artes visuais ao
relacionar arte, ciência e tecnologia. De modo criativo, e ao longo de seus
mais de 60 anos de carreira, desenvolve maquinários com experimentações
artísticas e estéticas diversas.
Em 1932, muda-se com a família para a
região onde atualmente se localiza o estado de Israel. De 1942 a 1945, estuda
na Escola Técnica Montefiori, em Tel Aviv, e se especializa em motores de
explosão. Inicia seus estudos de arte no ateliê do pintor Haaron Avni
(1906-1951) e do escultor Sternshus e estuda estética com Shor. Frequenta o
Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, entre 1943 e 1947, onde tem aulas de
desenho, pintura e estética. Produz pinturas de paisagens, retratos e
naturezas-mortas. O crítico Frederico Morais (1936) comenta os desenhos dessa
época, dizendo que "a grafite, a linha é ágil, fluente, quase
lírica". No desenho a carvão, "o traço negro é firme, sólido,
realista, por vezes expressionista".1
Palatnik Retorna ao Brasil em 1948 e
se instala no Rio de Janeiro. Convive com os artistas Ivan Serpa (1923-1973), Renina Katz (1925) e Almir Mavignier (1925). Com este último frequenta a casa do
crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) e conhece o trabalho da
doutora Nise da Silveira (1905-1999), no Hospital Psiquiátrico do Engenho
de Dentro.
O contato com os artistas e as
discussões conceituais com Mário Pedrosa fazem Palatnik romper com os critérios
convencionais de composição. Diz o artista: "O impacto das visitas ao
Engenho de Dentro e as conversações com Mário Pedrosa demoliram minhas
convicções em relação à arte".2 Palatnik
deixa de pensar a qualidade da obra baseando-se no manejo realista das tintas e
na associação da arte com o motivo. Sua pintura e escultura abandonam os
critérios escolares de composição e partem para relações livres entre formas e
cores.
Por volta de 1949, inicia estudos no
campo da luz e do movimento. Após pintar algumas telas construtivas, começa a projetar máquinas em que a
cor aparece se movendo. Com base nesses experimentos são criadas caixas de
telas com lâmpadas que se movimentam por mecanismos acionados por motores.
Mário Pedrosa chama as invenções de Aparelhos
Cinecromáticos, mostrados pela primeira vez em 1951, na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Em seu primeiro texto sobre
Palatnik, Pedrosa descreve esses aparelhos como caixas em que ele "projeta
sobre a tela ou outro qualquer material semitransparente composições de formas
coloridas em movimento". O trabalho é pioneiro no uso artístico de
fontes luminosas artificiais.
Em 1953 o artista expõe novos Cinecromáticos, na 2ª
Bienal Internacional de São Paulo e na 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata, no Hotel Quitandinha. O envolvimento
com questões construtivas e o diálogo permanente com artistas como Ivan Serpa e
Almir Mavignier levam-no a participar da criação do Grupo Frente, em 1954. No mesmo ano expõe na
primeira coletiva do grupo, na Galeria Ibeu, Rio de Janeiro.
A partir de 1959, leva o movimento
para o campo tridimensional. Cria trabalhos em que campos eletromagnéticos
acionam pequenos objetos colocados em caixas fechadas. Ao mesmo tempo que inventa
peças com que explora as possibilidades tecnológicas da arte, o artista faz
quadros em superfícies bidimensionais. Em 1962, inicia a série Progressões, na qual
compõe efeitos óticos ao utilizar faixas sobre uma superfície. No trabalho, usa
materiais como madeira, cartões, cordas e poliéster.
Em 1964, nascem os Objetos Cinéticos. O
artista cria esculturas de arame, formas coloridas e fios que se movem
acionados por motores e eletroímãs. As peças se assemelham aos móbiles do
escultor norte-americano Alexander Calder (1898), mas se diferenciam deles por
se moverem com regularidade mecânica segundo a dinâmica planejada. Os Aparelhos Cinecromáticos são
exibidos na Bienal de Veneza em 1964. A participação nessa mostra dá projeção
internacional ao artista, que passa a ser considerado um dos precursores da
arte cinética. Tal reconhecimento leva-o a participar, em 1964, da mostra
internacional de arte cinética Mouvement 2, na Galeria Denise René, em Paris.
Frederico Morais organiza em 1999 mostras retrospectivas de Palatnik no Itaú
Cultural, em São Paulo, e no Museu de Arte Contemporânea
(MAC-Niterói).
Ao
criar composições que partem da cor, mas ultrapassam o limite da pintura, o
artista é consagrado pioneiro em explorar as conquistas tecnológicas na criação
de vanguarda brasileira, habilitando as máquinas para gerar obras de arte.
Abraham Palatnick
Conheça
mais:
PRODUÇÃO
ARTÍSTICA
Após o estudo anterior
sobre arte cinética experimente construir um “pêndulo de pintura”.
Para confeccionar a produção
artística cinética você irá precisar dos seguintes materiais:
· 2
cadeiras
· 1
vassoura
· 1
garrafa pet
· Tinta
guache
· Barbante
· Cartolina
branca
ATENÇÃO:
· Caso não tenha tinta guache você poderá experimentar confeccionar tinta
ecológica a partir de misturas de pigmentos naturais (urucum, canela, terra e
outros). Deixarei a receita do passo-a-passo de como confeccionar tinta
ecológica.
· Caso não tenha cartolina você poderá substituí-la por qualquer outro
material (papelão, papel crafit e outros).
Procedimento Artístico:
1
– Posicione duas
cadeiras cujo acento esteja para o lado de fora.
2
– Posicione sua
cartolina ou papelão no centro das duas cadeiras. Em seguida pendure um cabo de
vassoura de uma ponta a outra. Se atente para que ele não caia, se preciso for,
amarre-o na cadeira.
3
- Amarre o barbante de uma ponta a outra na garrafa pet.
Faça um furo médio na tampa.
5
– Misture bem a tinta
guache (ou tinta ecológica) com água e bata até o líquido ficar concentrado.
6
- Tampe o furo da garrafa pet com seu dedo, jogue a tinta
sobre a garrafa e experimente girar o pêndulo em movimento horário ou
anti-horário. Vá experimentando conhecer o material até sentir que o efeito
(visual) esteja agradável ao olhar. Bom experimento estético!
Acompanhe o vídeo
demonstrativo:
Bom
trabalho a todos!
Atenciosamente,
Prof.
Esp. Rafael Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Bem-vindo ao nosso blog!